Disfuncionalidades do modelo institucional liberal: juristocracia e backlash
O constitucionalismo contemporâneo promove a expansão e a abertura do texto constitucional, ampliando a discricionariedade do Judiciário, tornando insuficiente a clássica separação de poderes, essência do constitucionalismo liberal. A juristocracia e o backlash são fenômenos associados à expansão do Judiciário e à crise do constitucionalismo liberal, sendo indicativos da insuficiência do modelo institucional liberal adotado pelo constitucionalismo contemporâneo. Utiliza-se neste artigo o método dedutivo e a técnica de pesquisa documental indireta, notadamente a bibliográfica e jurisprudencial. Conclui-se que a juristocracia e o backlash são expressões indicativas da fragilidade do arranjo institucional liberal e recolocam em discussão a tradicional tensão liberal entre contramajoritarismo e majoritarismo (entre constitucionalismo e democracia), fazendo emergir a necessidade de novos arranjos institucionais.
Detalles del artículo
Uso de licencias Creative Commons (CC)
Todos los textos publicados por el Cuestiones Constitucionales. Revista Mexicana de Derecho Constitucional sin excepción, se distribuyen amparados con la licencia CC BY-NC 4.0 Internacional, que permite a terceros utilizar lo publicado, siempre que mencionen la autoría del trabajo y la primera publicación en esta revista. No se permite utilizar el material con fines comerciales.
Derechos de autoras o autores
De acuerdo con la legislación vigente de derechos de autor el Cuestiones Constitucionales. Revista Mexicana de Derecho Constitucional reconoce y respeta el derecho moral de las autoras o autores, así como la titularidad del derecho patrimonial, el cual será transferido —de forma no exclusiva— a Cuestiones Constitucionales para permitir su difusión legal en acceso abierto.
Autoras o autores pueden realizar otros acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en Cuestiones Constitucionales. Revista Mexicana de Derecho Constitucional (por ejemplo, incluirlo en un repositorio institucional o darlo a conocer en otros medios en papel o electrónicos), siempre que se indique clara y explícitamente que el trabajo se publicó por primera vez en Cuestiones Constitucionales.
Para todo lo anterior, deben remitir la carta de transmisión de derechos patrimoniales de la primera publicación, debidamente requisitada y firmada por las autoras o autores. Este formato debe ser remitido en PDF a través de la plataforma OJS.
Derechos de lectoras o lectores
Con base en los principios de acceso abierto las lectoras o lectores de la revista tienen derecho a la libre lectura, impresión y distribución de los contenidos de Cuestiones Constitucionales por cualquier medio, de manera inmediata a la publicación en línea de los contenidos. El único requisito para esto es que siempre se indique clara y explícitamente que el trabajo se publicó por primera vez en Cuestiones Constitucionales. Revista Mexicana de Derecho Constitucional y se cite de manera correcta la fuente incluyendo el DOI correspondiente.

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Citas
Alves, F. D. e Meotti, F. F. (2013). “O constitucionalismo contemporâneo e a necessária aproximação entre direitos fundamentais e democracia: o papel da Jurisdição Constitucional Aberta”. Anais do 12o. Seminário Teoria Jurídica, Cidadania e Globalização-25 anos de Constituição Federal, 1. Unifra.
Barak, A. (2006). The Judge in a Democracy. Princeton University Press.
Barbosa, C. M. (2019). “A juristocracia no Brasil e o futuro da Constituição”. Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM. 14 (2). Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/34100. DOI: https://doi.org/10.5902/1981369434100.
Barcelos, A. P. de. (2005). “Neoconstitucionalismo, direitos fundamentais e controle das políticas públicas”. Revista de Direito Administrativo, 240. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/43620. DOI: https://doi.org/10.12660/rda.v240.2005.43620.
Barron, D. (2006). “What’s Wrong with Conservative Constitutionalism? Two Styles of Progressive Constitutional Critique and the Choice they Present”. Harvard Law and Police Review, 18, 2006.
Barroso, L. R. (2009). Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. Revista Atualidades Jurídicas-Revista Eletrônica do Conselho Federal da OAB. 4. Disponível em: http://www.oab.org.br/editora/revista/users/revista/1235066670174218181901.pdf.
Brandão, R. (2018). Supremacia judicial versus diálogos constitucionais: a quem cabe a última palavra sobre o sentido da Constituição? 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris.
Britto, M. C. de S. (2020). Juristocracia e backlash como expressões da insuficiência do arranjo institucional do constitucionalismo liberal. Rio de Janeiro: Lumen Juris.
Britto, M. C. de S. e Barbosa, C. M. (2018). “A pró-atividade do Poder Judiciário e suas consequências”. Em CONPEDI e UNISINOS (org.), Direitos sociais e políticas públicas. Florianópolis: Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito.
Chueiri, V. K. de. (2016). “Is there such thing as a Radical Constitution?”. Em Bustamante, T. e Fernandes, B. G. (eds.). Democratizing Constitutional Law: Perspective on Legal Theory and the Legitimacy of Constitutionalism. Switzerland: Springer.
Chueiri, V. K. de e Macedo, J. A. de C. (2018). “Teorias constitucionais progressistas, backlash e vaquejada”. Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos. 39 (80). DOI: https://doi.org/10.5007/2177-7055.2018v39n80p123.
Garoupa, N. e Ginsburg, T. (2009). “Judicial Audiences and Reputation: Perspectives from Comparative Law”. Columbia Journal of Transnational Law, Forthcoming, U Illinois Law & Economics Research Paper No. LE09-033. Disponível em: http://ssrn.com/abstract=1513397.
Jaramillo, L. G. (2013). “Introducción”. Em Post, R. e Siegel, R. Constitucionalismo democrático: por una reconciliación entre Constitución y pueblo. Trad. de Leonardo García Jaramillo. Bueno Aires: Siglo Veintuino Editores S/A.
Jaramillo, L. G. (2015). “¿Como pensar hoy la tension entre constitucionalismo y democracia? Una perspectiva desde el constitucionalismo democrático”. Revista da Faculdade de Direito-UFPR. 60 (2). DOI: https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v60i2.41005.
Hirschl, R. (2007). Towards Juristocracy: The Origins and Consequences of the New Constitutionalism. Harvard University Press.
Hirschl, R. (2009). “O novo constitucionalismo e a judicialização da política pura no mundo”. Revista de Direito Administrativo. 251. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/7533/6027. DOI: https://doi.org/10.12660/rda.v251.2009.7533.
Hirschl, R. (2014). “Juristocracy-Political, not Judicial”. The Good Society, Penn State University Press. 13 (3). DOI: https://doi.org/10.1353/gso.2005.0020.
Hofisi, D. T. (2016). “In Courts We Trust: Juristocracy and Citizen Disempowerment Through Excess Faith in Courts”. D. Tinashe Hofisi: Reflections. Disponível em: https://davidhofisi.blogspot.com/2016/09/in-courts-we-trust-juristocracy-and_81.html.
Klarman, M. (2005). “Brown and Lawrence (and Goodridge)”. Michigan Law Review. 104 (3). Disponível em: http://www.jstor.org/stable/30044507.
Klarman, M. (2011). “Courts, Social Change, and Political Backlash”. Philip A. Hart Memorial Lecture. 2. Disponível em: https://scholarship.law.georgetown.edu/hartlecture/2/.
Koerner, A. (2013). “Ativismo Judicial? Jurisprudência constitucional e política no STF pós-88. Dossiê: 25 anos da Constituição de 1988”. Novos Estudos. 96. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-33002013000200006.
Kozicki, K. e Barboza, E. M. de Q. (2008). “Jurisdição constitucional brasileira: entre constitucionalismo e democracia”. Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos. 29 (56). DOI: https://doi.org/10.5007/2177-7055.2008v29n56p151.
Mendes, F. F. e Oliveira, P. E. V. de. (2018). “Backlash na teoria do constitucionalismo democrático e na teoria do minimalismo judicial”. Revista contribuciones a las ciencias sociales. Disponível em: http://www.eumed.net/rev/cccss/2018/01/minimalismo-judicial.html.
Montesquieu. (2001). The Spirit of Laws. Trad. de Thomas Nugent. Ontario: Batoche Books. Disponível em: https://socialsciences.mcmaster.ca/econ/ugcm/3ll3/montesquieu/spiritoflaws.pdf.
Novelino, M. (2013). Manual de Direito Constitucional. 8a. ed. Rio de Janeiro-São Paulo: Forense-MÉTODO.