Corpos inquietos, sexualidades “desviantes” e o devir de novas narrativas jurídicas nas cortes constitucionais

Contenido principal del artículo

Resumen

As sociedades contemporâneas fizeram da sexualidade, dos afetos e do desejo categorias centrais no que diz respeito à construção da subjetividade do sujeito, de modo que a concretização dos direitos humanos atravessa, invariavelmente, os corpos e as sexualidades. Nesse sentido, este texto intenta fazer apresentar, de forma bem objetiva, uma análise juris-prudencial representativa das mais altas Cortes jurisdicionais, nacionais ou internacionais, e em cujo cerne circulam as questões do gênero e da sexualidade. A escolha dos casos levou em consideração os critérios geográfico-espacial e cronológico, selecionando se os entendimentos mais relevantes dos tribunais de países ocidentais e ocidentalizados, mas com diferentes realidades culturais, sociais e econômicas, para além de decisões, envolvendo Cortes regionais de proteção de direitos humanos. Ao final, evidencia se que o Direito, por meio dos tribunais, vem enfrentando, incorporando e narrando esses novos temas, sinalizando para uma importante mudança de paradigma em termos de justiça de gênero e sexualidade.

Detalles del artículo

Cómo citar
Lucas, D. C., & Copetti Ghisleni, P. (2021). Corpos inquietos, sexualidades “desviantes” e o devir de novas narrativas jurídicas nas cortes constitucionais. Cuestiones Constitucionales. Revista Mexicana De Derecho Constitucional, 1(44), 364–381. https://doi.org/10.22201/iij.24484881e.2021.44.16168
Sección
Comentarios Jurisprudenciales

Citas

Brasil. Supremo Tribunal Federal. (2011). Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 132/RJ. Relator: Min. Ayres Brito, Brasília. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=628633. Acesso em: 10 dez. 2017.

Brasil. Supremo Tribunal Federal. (2018). Ação Declaratória de Inconstitucionalidade nº 4.275/DF, julgada em 8 fev. e 1 mar. 2018. Requerente: Procuradoria-Geral da República. Relator: Ministro Marco Aurélio. Redator do Acórdão: Ministro Edson Fachin. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15339649246&ext=.pdf. Acesso em: 28 set. 2019.

Brasil. Supremo Tribunal Federal. (2011). Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.277/DF. Relator: Min. Ayres Britto, Brasília. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=628635. Acesso em: 10 dez. 2017.

Brasil. Supremo Tribunal Federal. (2016). Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5.543/DF. Relator: Min. Edson Fachin, Brasília. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoPeca.asp?id=309695587&tipoApp=.pdf. Acesso em: 10 dez. 2017.

Brasil. Supremo Tribunal Federal. (2017). Recurso Extraordinário nº 646. /RS. Relator: Min. Roberto Barroso, Brasília. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente= Acesso em: 10 dez. 2017.

Brasil. Supremo Tribunal Federal. (2017). Recurso Extraordinário nº 878. /MG. Relator: Min. Roberto Barroso, Brasília. Disponível em: http://stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=47 Acesso em: 10 dez. 2017.

Corte Constitucional de Colombia (CCC). (2016). Comunicado nº 17, 28 abr. 2016. Celebración de matrimonio civil entre parejas del mismo sexo en Colombia. Sentencia de unificación. Disponível em: http://www.corteconstitucional.gov.co/comunicados/No.%2017%20comunicado%2028%20de%20abril%20de%202016.pdf. Acesso em: 09 dez. 2017.

Corte Constitucional de Colombia (CCC). (2013). Decision T-372/13, 2013. Right to conjugal visits for LGBTI people. Disponível em: http://english.corteconstitucional.gov.co/sentences/T-372-2013.pdf. Acesso em: 09 dez.

Corte Constitucional de Colombia (CCC). (2010). Decision T-629/10, 2010. Protection to the sex workers (prostitution). Disponível em: http://www.corteconstitucional.gov.co/RELATORIA/2010/T-629-10.htm. Acesso em: dez. 2017.

Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH). (2017). Opinião Consultiva nº 24/17 (OC nº 24/17). Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/docs/opiniones/seriea_24_esp.pdf. Acesso em: 28 set. 2019.

Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH). (2012). Sentença. Atala Riffo e Filhas vs. Chile. Disponível em: http://corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_239_esp.pdf. Acesso em: 14 out. 2017.

Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH). (2016). Sentença. Ángel Alberto Duque vs. Colômbia. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_310_esp.pdf. Acesso em: 02 out. 2017.

Foucault, Michel. (2008). A arqueologia do saber. Tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária. ILGA. (2017). Sexual orientation laws in the world – Overview. Disponível em: http://ilga.org/downloads/2017/ILGA_WorldMap_ENGLISH_Overview_2017.pdf. Acesso em: 28 jan. 2018.

Marín, Daniel Rivera. (2017). Los tres maridos: la historia de una “trieja”, la unión marital de tres hombres en Colombia. BBC Mundo. Disponível em: http://www.bbc.com/mundo/noticias-40286113. Acesso em: 30 out. 2017.

Mello, Luiz. (2006). Familismo (anti)homossexual e regulação da cidadania no Brasil. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 14, n. 2, jan. 2006. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S01-026X2006000200010/7761. Acesso em: 28 jan. 2018.

Suprema Corte de Justiça da Nação. (2015). Tesis Jurisprudencial 3/2015. Disponível em: https://suprema-corte.vlex.com.mx/vid/jurisprudencia- Acesso em: 02 dez. 2019.

Nietzsche, Friedrich. (2012). A gaia ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras.

Roesler, Claudia Rosane & Santos, Paulo Alves. (2014). Argumentação jurídica utilizada pelos tribunais brasileiros ao tratar das uniões homoafetivas. Revista Direito GV, São Paulo, v. 10, n. 2. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-2432201400&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 29 out. 2017.

Roudinesco, Elizabeth. (2003). A família em desordem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Santos, André Leonardo Copetti & Lucas, Doglas Cesar. (2015). A (in)diferença no direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado.

Schöpke, Regina. (2012). Por uma filosofia da diferença: Gilles Deleuze, o pensador nômade. Rio de Janeiro: Contraponto.

Suprema Corte da Dinamarca (SCD). (2017). Caso nº 159/2016. Same-sex marriage. Disponível em: http://www.supremecourt.dk/supremecourt/nyheder/Afgorelser/Pages/Same-sexmarriage.aspx. Acesso em: 10 dez. 2017.

Suprema Corte dos Estados Unidos (SCEU). (2015). Case Obergefell vs. Hodges, 26 jun. 2015. Disponível em: https://www.supremecourt.gov/opinions/14pdf/14-556_3204.pdf. Acesso em: 09 dez. 2017.

Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH). (2017). Sentença, Petição nº 17484/15. Carvalho Pinto de Sousa Morais vs. Portugal. Disponível em: http://hudoc.echr.coe.int/eng?i=001-175659. Acesso em: 31 jul. 2017.